sexta-feira, 25 de maio de 2012

Abri os olhos.



De fato, passamos a ver a vida de outra maneira quando sentimos o perigo por perto. O pior é que esse perigo pode ser visto como qualquer coisa, uma doença e porque não a paixão?

A paixão é uma das doenças mais perigosas que conheço, a cada segundo mais e mais pessoas são "pegas" por ela. Pode causar cegueira, perda auditiva, fala e paralisia, mas também trás força para cada músculo do seu corpo, te guia e faz com que você se perca também, não só do seu caminho como de si.

Naquele dia em que sentei no chão abraçando meus joelhos contra meu peito, ouvi essa história sendo contada por alguém que não era eu, as paredes se fechavam à minha volta e eu não conseguia respirar. Como você teve a coragem de fazer isso comigo? Como eu fui deixar que você me dominasse assim e que tivesse tanto poder sobre mim?

De repente eu estava deitada fitando seus olhos na frente dos meus, seus dedos tiraram uma mecha de cabelo dos meus olhos e eu sorri com os olhos fechados. Quando os abri descobri que seu olhar não passara de um sonho que eu tive não só naquela noite, mas que eu sempre tive em imaginação e não em vida real. A verdadem é que eu nunca tive seu olhar para meus olhos com carinho, tudo foi desejo e passageiro. Não queria levantar da cama, não queria sair das cobertas, queria que elas fossem um mar que eu pudesse me afogar só para não ver e sentir o olhar de dó dos amigos e parentes.

Demorou três meses para que eu deixasse você morrer para mim, para que eu deixasse aquela tola apaixonada morrer com você, havia abandonado o meu antigo eu e o que "nós "fomos. Eu estava nascendo para a vida sem problemas, sem medo, eu ainda tinha 6 vidas guardadas no bolso da calça.

Por: Paola Trebbi Dietzold

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